O Salmo primeiro e as práticas
devocionais
As exigências do mercado, as novas tendências do mundo
globalizado, a correria por causa dos estudos, são causas que nos fazem perder
de vista o cuidado com a nossa saúde e bem estar espiritual. Cada vez mais, jovens
e adultos cristãos, estão gastando mais tempo e energias com os assuntos desta
vida e deixando de lado uma vida de mais intimidade com Deus e isso se
evidencia pelo abandono das práticas devocionais. Esses exercícios “vão
diminuindo progressivamente a distância que há entre Deus e o homem”. É por essa
razão que o Salmo primeiro coloca diante de nós como um espelho, o contraste
entre o justo e o ímpio. Observe que o justo, não é somente descrito pelo que evita (v.1). Ele é
descrito como alguém que ama a lei de Deus.
“...o seu prazer está na lei do
Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite”(v.2).
O justo se deleita em Deus, o Trono da graça é a base do prazer de sua alma. É na presença deste Deus Todo Poderoso, que eles obtem misericórdia em tempo de necessidade, força em cada conflito. O justo tem prazer em ouvir a voz de Deus e falar com ele. Se queremos de fato um avivamento, viver de maneira fiel e sadia, é necessário nos aplicarmos a leitura das Sagradas Escrituras e a oração.
I.
Pela
leitura da Bíblia, Deus fala conosco; mostrando sua glória, seu amor, seu
poder, sua misericórdia e Santidade. A prática da leitura da palavra de Deus é
a arte de procurar o Senhor nas páginas das Sagradas Escrituras até achar, não
é nos achegarmos a ela para fazer uma leitura apenas acadêmica, apologética,
homilética ou supersticiosa. A leitura devocional da palavra Deus se diferencia
de todas as outras leituras, por que nela buscamos o próprio Deus para saciar a
sede de nossa alma, é através dela que enxergamos toda a riqueza que está por
trás da mera letra, é através dela que ouvimos a voz do próprio Deus falando
conosco. É através da leitura devocional que sugamos todo o leite contido na Palavra
revelada e escrita, mediante uma leitura responsável e o auxílio do Espírito
Santo.
II.
Pela
oração, nós falamos com Deus; mostrando nossas dores, sofrimentos
inquietações, medos, dúvidas, complexidade, carência, imperfeição e pecados. A
prática da oração é a arte de entramos no Santo dos Santos, de nos colocarmos
na presença do próprio Deus em espírito, por meio da fé, valendo nós do
Sacrifício de Cristo, e falar com Deus com toda a liberdade. A oração não é
somente súplica, oração é adoração, ações de graça, confissão, extravasamento e
intercessão. A oração deve ser preventiva, intensiva e vigilante, ou seja,
devemos orar antes, durante e depois da tentação.
Observem que no v. 3,
o justo “é comparado com uma árvore viçosa, sempre florescendo por que há
água abundante próxima”(-Bíblia de Estudo Genebra).
No v. 4, somos informados que “os ímpios não são assim;...”.
Eles não têm prazer na lei do Senhor, não gastam seu tempo com a leitura da
Palavra de Deus, nem mesmo com a oração, para esses, não há prazer algum nesse
tempo com Deus; é chato, enfadonho. É por isso que encontramos pessoas dentro
da igreja reclamando da vida, sem firmeza, sem raiz, levados por todo o vento
de doutrina, “são...como a palha que o vento dispersa”(v.4).Estes são descritos
como perversos que não prevalecerão no juízo, como pecadores que não ficarão na
congregação dos justos.(v.5)
A pergunta que fica é, de que lado você está? Qual tem sido
o seu caminho?
Que o Pai tenha misericórdia de nós!
De seu “mano”
Aldair Ramos Rios
*CÉSAR, Élber Magalhães Lériz; Estudos Bíblicos DIDAQUÊ- Série Maturidade
Cristã-Editora Didaquê.
*GENEBRA, Bíblia de Estudos; Editora Cultura Cristã e
Sociedade Bíblica do Brasil.